De nome difícil e pouco conhecida, a Atrofia Vulvovaginal, que também recebe o nome de Vaginite Atrófica, é comum em mulheres na pós-menopausa, pós-parto, e também pode ocorrer com quem realiza tratamento de quimioterapia, de radioterapia pélvica, ou faz uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. A falta de atividade sexual e o tabagismo também surgem como possíveis fontes do problema.
Oriunda da falta de estrogênio, a vaginite atrófica causa a secagem e inflamação das paredes vaginais, provocando falta de lubrificação e dor durante a relação sexual e ao urinar, além de coceira, ardência, e até incontinência urinária. Isso acontece por conta da queda de produção de glicogênio que ocorre no organismo após os níveis de estrogênio baixarem, como consequência os tecidos do corpo vão se tornando cada vez mais finos e fracos, o que acaba deixando a região vaginal mais suscetível à machucados e a dor, além de infecções.
A mulher acometida pela atrofia vulvovaginal muito comumente se isola da vida sexual justamente pelos sintomas descritos acima, e não raramente acaba caindo no senso comum de que isso é “normal” e é apenas um “sinal da idade”, como se a insatisfação sexual e dores durante a prática sexual fossem parte do processo de envelhecimento, quando isso não é verdade. Apesar de não ser exatamente possível de ser prevenida, a atrofia vulvovaginal pode ser tratada desde o início, evitando o agravamento dos sintomas e devolvendo à mulher conforto e qualidade de vida. O tratamento, que depende de cada caso, pode ser feito com uso de lubrificantes e relaxamento da área vaginal, seja por meio da atividade sexual (penetração peniana), ou com uso de vibradores e dilatadores específicos, melhorando a elasticidade e flexibilidade do tecido vaginal, além de auxiliar na vascularização da região.
A reposição hormonal não é indicada em todos os casos, porém o uso tópico do estrogênio, como em cremes para aplicação na região por exemplo, apresentam excelentes resultados e tem pouquíssimos efeitos colaterais. Se manter sexualmente ativa e realizar exercícios pélvicos específicos, com os exercícios de kegel, indicados por um fisioterapeuta, são algumas das medidas que podem ajudar a prevenir e tratar o problema .
O Instituto Patrícia Lordêlo possui fisioterapeutas especializados no cuidado com a saúde sexual, tanto feminina quanto masculina, além de contar com tratamentos inovadores e pouco invasivos, que garantem uma recuperação mais rápida e mais confortável para o paciente.