Quando a gente é criança e fica doente, nossos pais nos levam ao pediatra. Quando adultos, e com pressa, vamos ao clínico geral. Se a dor no ouvido aparece ou a garganta não está legal, vamos direto ao otorrino. Quando os anos começam a pesar e os cabelos brancos já tomam conta da cabeleira, é hora de visitar o geriatra. Geralmente todos nós sabemos os especialistas indicados para cada época, e problema, que a gente venha à experienciar durante a vida, mas, quando o assunto são as disfunções que atingem o assoalho pélvico, que muitos por sinal nem sabem direito o que é e quais problemas o atingem, a ignorância acaba sendo a regra.
Já falamos aqui de diversas disfunções e dos mitos em torno delas, como a incontinência urinária, a dor na relação sexual, disfunção erétil, entre outros, e de como o senso comum em torno desses problemas podem agravar esses quadros clínicos, que assim como a maioria das disfunções que atingem o assoalho pélvico, podem ser resolvidas com tratamentos pouco invasivos. Ao ouvir falar em assoalho pélvico ou saúde pélvica, talvez a primeira reação seja pensar que se trata de uma área da saúde que cuida especificamente da musculatura pélvica, ou da estrutura óssea da região, mas na verdade quando falamos em saúde pélvica estamos tratando de saúde física, sexual, e mental, afinal os problemas que se desenvolvem nessa região podem ter impacto em praticamente todos os aspectos da vida. É preciso que o acesso a esse tipo de informação seja mais disseminado e que campanhas de conscientização sobre o assunto sejam realizadas, já que os problemas que atingem o assoalho pélvico são tão comuns e possuem um impacto tão grande na qualidade de vida das pessoas, como a incontinência urinária por exemplo, que segundo a Sociedade Brasileira de Urologia atinge cerca de 35% das mulheres e 20% dos homens, e que além de gerar o incômodo da perda involuntária de urina ainda traz malefícios à saúde mental e autoestima.
O Fisioterapeuta é o profissional responsável pelo atendimento, tratamento e cuidado dessa área específica, e tão importante, do nosso corpo, além de ser habilitado para realizar os mais diversos tipos de tratamento para cada caso específico, como exercícios para fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, biofeedback (aparelho usado para analisar informações da musculatura pélvica e transformá-las em informações visuais e sonoras para melhor diagnóstico), uso de radiofrequência, como em casos da síndrome geniturinária da menopausa, e até LED em pacientes acometidas por infecções vulvovaginais. Em alguns casos o auxílio do profissional de psicologia também pode se fazer necessário, já que saúde física e mental andam juntas e é preciso cuidar não só do problema, mas também das suas consequências na vida social do indivíduo.
O Instituto Patrícia Lordêlo tem como compromisso a promoção da saúde e da informação a respeito do assoalho pélvico, realizando não só atendimento para o público do SUS e privado, como também palestras, possuindo uma plataforma de aulas online, atuando em parceria com outras instituições, como o CAAP (Centro de Apoio ao Assoalho Pélvico) e a Faculdade Bahiana de Medicina, sendo mais que um centro de tratamento, mas também um espaço de aprendizado, pesquisa, e inovação na área.