Como você já deve ter visto, por aqui a gente fala bastante sobre as disfunções que atingem o assoalho pélvico, como tratá-las e preveni-las, certo? Geralmente as matérias são focadas no público adulto e idoso, já que são a maioria dos afetados por esses problemas, mas você sabia que as crianças também podem desenvolver disfunções pélvicas, e que assim como nos adultos, podem acarretar consequências graves à saúde?
A incontinência urinária atinge cerca de 10% das crianças de 0 a 10 anos aqui no Brasil, provocando o famoso e famigerado ‘xixi na cama’. Comum até os 5 anos de idade, o xixi na cama se torna motivo de alerta quando se estende por mais tempo, pois por volta dessa mesma idade é quando a criança começa a ganhar mais controle sobre a própria bexiga e dos músculos do assoalho pélvico, diminuindo a frequência da perda involuntária de urina. Os sintomas incluem aumento aparente da sede, dores abdominais, e a criança pode reclamar de ardência ao urinar. Ficar atento à rotina dos pequenos também é importante na hora de identificar a disfunção, verificando quantas vezes a criança faz xixi (o indicado são de 6 à 7 vezes por dia), pedir auxílio aos professores da escola para observar se a criança está frequentando o banheiro, e ficar de olho se ela tem o costume de, por exemplo, prender o xixi para participar por mais tempo das brincadeiras com os amiguinhos.
Além disso, a constipação infantil também é uma realidade. Comum em certas épocas da infância, como em bebês e crianças que estão sendo apresentadas à novos alimentos, ou quando são introduzidas ao uso do vaso sanitário, e quando são acometidas por uma mudança brusca na rotina, como o início da vida escolar por exemplo, a dificuldade na hora de fazer cocô pode aparecer e ser passageira, porém alguns sintomas podem indicar um quadro mais crítico que precise de ajuda profissional, como dor ou choro na hora de evacuar, períodos longos ( de dois, três, ou mais dias) sem ir ao banheiro, fezes endurecidas e em grande quantidade, e em alguns casos até presença de sangue na evacuação. Os pais devem seguir atentos a esses sinais e evitar o uso de laxantes ao perceber algum desses sintomas, pois o uso sem prescrição pode agravar o problema.
Tanto para a constipação quanto para a incontinência urinária, a fisioterapia tem se mostrado extremamente eficaz e ideal para o tratamento de crianças, já que não é invasiva e ainda pode prevenir problemas na vida adulta. A fisioterapia pélvica nas crianças é indicada a partir dos 4 anos e tem como objetivo o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico e o desenvolvimento de um melhor controle sobre os mesmos, como o esfíncter na região do ânus, contribuindo para uma melhor evacuação. O uso do biofeedback também tem mostrado ótimos resultados em casos de disfunção pélvica infantil. O acompanhamento psicológico pode ser necessário em alguns casos, ajudando a criança, e os responsáveis por ela, a lidar melhor com os eventos que podem desencadear o problema, como mudanças na rotina, stress, entre outros.
O Instituto Patrícia Lordêlo conta com uma equipe preparada para o atendimento infantil, com um ambiente acolhedor, seguro, infraestrutura de ponta e um corpo profissional especializado no tratamento das mais diferentes disfunções que atingem o assoalho pélvico.