Muitas vezes confundida com a mais difundida Disfunção Erétil, a Doença de Peyronie ainda é de pouco conhecimento popular e pode assustar só pelo nome. Atingindo homens, geralmente de meia idade, a doença de peyronie é uma deformidade na curvatura do pênis que provoca dor, dificuldade de ereção, e prejudica consideravelmente a vida sexual do indivíduo.
Atingindo cerca de 10% dos homens aqui no Brasil, essa disfunção é causada por uma lesão peniana de forma repetitiva, ou seja, uma lesão cumulativa que ocorre de forma regular, normalmente durante o ato sexual ou até mesmo na masturbação, primeiramente causando a chamada fibrose peniana, que é o desenvolvimento de nódulos internos no pênis e que resultam na alteração de sua anatomia, fazendo com que ele fique “torto” para os lados ou para cima, e que sem tratamento pode evoluir para dor leve ou intensa durante o ato sexual e até mesmo desencadear quadros de disfunção erétil. Doenças metabólicas e autoimunes também podem ser fatores de risco para o aparecimento do problema.
Não é segredo que na nossa sociedade a noção de masculinidade está diretamente ligada à virilidade, e consequentemente à genitália masculina, seu tamanho, seu desempenho, etc. A ironia está no fato de que ao mesmo tempo em que o pênis é reverenciado como sinônimo do masculino, o cuidado com ele, e com a saúde do homem de maneira geral, não são estimulados. Portanto, quando homens são acometidos pela doença de peyronie, ou qualquer outra disfunção que possa afetar o desempenho ou anatomia do pênis, a tendência é de que entrem em estado depressivo, de isolamento social, irritabilidade, falta de desejo sexual, muitas vezes não apenas pelos sintomas físicos que o problema causa, mas pelo impacto que isso gera na sua percepção da própria masculinidade.
Então, para além do tratamento físico, que pode ser realizado por um fisioterapeuta e cuja gama de opções vem se estendendo promissoramente, contando com técnicas não invasivas como no uso de ondas de choque e rádio frequência, que juntas têm mostrado resultados animadores, à exemplo da melhora na curvatura do pênis, diminuição da dor e normalização do jato urinário, também se faz necessário o acompanhamento psicológico do paciente, fundamental na recuperação de sua autoestima. Mais que isso, é preciso mudar a percepção comum (principalmente por parte dos homens, em específico os heterossexuais) de que a sexualidade masculina se resume à sua genitália e que o homem só é capaz de receber ou oferecer prazer através dela. Desmistificar o corpo e o sexo é parte do processo que pode facilitar o enfrentamento de doenças como a de peyronie, impedindo que problemas que já são causa de tamanho impacto físico tenham poder de desencadear consequências psicológicas em seus pacientes.
O Instituto Patrícia Lordêlo possui todo aparato profissional e tecnológico para o tratamento da doença de peyronie e outras disfunções que atingem o assoalho pélvico masculino, unindo uma equipe de ponta e tratamentos inovadores para oferecer o que há de melhor disponível aos seus pacientes.