Não é novidade para ningúem, especialmente para as mulheres, que o sexo continua a ser um tabu na nossa sociedade e o prazer feminino continua a ser reprimido e visto com certa estranheza. Para muitos, e muitas, o orgasmo feminino ainda é enxergado como um “mito”, uma fantasia, algo que não existiria realmente, uma amostra de como o prazer feminino é ainda renegado a esse lugar imaginário onde serve apenas para satisfazer as fantasias masculinas, transformando a sexualidade da mulher em algo não possível, não correto, e não permitido. Aqui no Brasil cerca de 55% das mulheres nunca experimentaram o orgasmo durante a relação sexual.
Para elas o assunto vem deixando de ser tabu, porém ainda é grande o numero daquelas que se privam não só de praticar, mas até de pensar em sexo. Segundo um estudo publicado pelo Journal of Sex Research homens pensam no assunto, em média, de 18 a 388 vezes por dia, enquanto as mulheres apenas de 10 a 140. Isso é reflexo de uma sociedade que ainda tem dificuldade em aceitar a mulher como um ser sexual pleno, feito não só para satisfazer, mas, tão dotada de libido, desejos e fantasias sexuais quanto o homem. Toda essa repressão à sexualidade feminina acaba acarretando em um desconhecimento a respeito do próprio corpo, o que resulta em um número muito grande de mulheres que não conhecem como a própria genitália funciona, as zonas erógenas de seu corpo, o que exatamente lhes agrada ou desagrada, e em parceiros que por conta dessa mesma ignorância não são capazes de satisfazer plenamente suas companheiras.
A saúde sexual de uma relação depende de todos os envolvidos. Tanto a mulher quanto seu companheiro ou companheira precisam, ambos, cultivar o hábito de irem ao consultório juntos(as), de confessarem suas inseguranças um(a) ao outro(a), de superarem os possíveis problemas unidos(as), pois a prática sexual a dois necessita, obviamente, do bem estar e da cumplicidade de ambos(as) para ser plenamente prazerosa. A desmistificação da sexualidade é proveitosa e benéfica para todos os lados: uma mulher que conhece seu corpo e sabe bem o que quer não somente se satisfaz com seu/sua parceiro(a) como oferece a ele(a) uma experiência sexual genuína, e o homem que se cuida e que, tão importante quanto, conhece sua parceira, também irá não só usufruir de um melhor desempenho sexual como pode proporcionar uma experiência mais prazerosa à mulher. Já se tratando de um outro espectro da vida social feminina, a mulher solteira, o que também ainda é visto com olhos carregados de julgamentos, não deve se privar de se conhecer sexualmente nem se obrigar a viver uma vida de castidade indesejada por receio do que possam falar ou pensar sobre ela. O prazer sexual, consequência de uma prática segura e consentida, deve ser usufruído e permitido não só ao homem, mas a todos os gêneros.
O Instituto Patrícia Lordêlo é especializado no tratamento de disfunções sexuais, tanto femininas quanto masculinas, contando com acompanhamento psicológico durante todo o processo, além de também realizar procedimentos inovadores, unindo eficiência, profissionalismo, e acolhimento para que não só o bem-estar sexual mas também a vida social possam ser vividas sem medos, sem ignorância, e sem tabus.