A região do assoalho pélvico é a responsável por abrigar o sistema excretor (reto e bexiga), além dos órgãos sexuais e reprodutivos. Disfunções que afetem qualquer área dessa região podem resultar em problemas no desempenho sexual, seja diretamente por afetar os genitais, ou indiretamente, por prejudicar a autoestima do indivíduo.
Dentre os problemas sexuais mais comuns associados ao assoalho pélvico estão a disfunção erétil que acomete homens, em sua maioria de meia-idade, e a dor durante a relação sexual no caso das mulheres, que pode ser causada por diversos problemas. O que muita gente não sabe é que outros problemas que a princípio podem não parecer ter relação com a prática sexual podem desencadear consequências não só na interação sexual, mas também nas relações sociais como um todo.
Segundo a Dra. Renata Matos, psicóloga, a vida sexual engloba muito mais que apenas os aspectos e problemas físicos. O estado psicológico, abrangendo as relações pessoais e emocionais, podem ser fortemente abalados pelo acometimento de uma disfunção na região pélvica: “Num caso de incontinência urinária, por exemplo, o escape involuntário de urina ao correr, tossir, ou até mesmo rir, provoca um impacto nesse indivíduo: primeiro de falta de controle do próprio corpo, e, consequentemente, na sua auto-estima, na sua identidade, gerando sentimentos como vergonha, tristeza, e podendo até desencadear um afastamento do convívio social, trazendo consequências para a relação a dois. Esconder ou deixar que o problema evolua pode trazer complicações ainda mais significativas, causando quadros de ansiedade ou até mesmo depressão”, ela explica.
Ainda segundo a Dra. Renata, seguindo a literatura médica, esse tipo de problema seria mais comum em mulheres, mas ela ressalta que isso não significa que homens também não sejam suscetíveis a essas disfunções: “O que acontece é que o impacto também é sentido de forma diferente por homens e mulheres, são expressados de forma diferente e, consequentemente, acabam sendo tratados de formas diferentes. Falar da vida sexual ainda é um tabu na sociedade e, apesar dos homens serem mais estimulados à prática, eles têm maior dificuldade em falar sobre o assunto, especialmente quando se trata de procurar ajuda médica. Já as mulheres são estimuladas a falar mais sobre isso e ao cuidado, porém ainda são reprimidas enquanto prática”. Já quando se trata de acompanhamento psicológico em casos de ansiedade e depressão causados por essas disfunções, as mulheres são maioria nos consultórios: “Elas são mais abertas ao tratamento e têm mais facilidade em reconhecer que estão sendo afetadas. Os homens, de uma forma geral, não procuram tanto, há uma dificuldade muito grande em reconhecer que possuem o problema, e uma, maior ainda, de procurar ajuda profissional”, completa.
A melhor maneira de prevenir esses problemas é a informação. A Dra. Renata complementa que conhecer o próprio corpo, reconhecer seus sinais quando algo está errado, e fazer acompanhamentos preventivos para o diagnóstico de possíveis complicações são o melhor caminho para uma vida sexual saudável: “Saber sobre os impactos do corpo na saúde mental e vice-versa é fundamental. O estado mental pode afetar e até piorar quadros fisiológicos. O diálogo também é muito importante, tanto entre os parceiros, quanto com seu profissional de saúde”.
O Instituto Patrícia Lordêlo é especializado no atendimento desse e de outros problemas envolvendo a região pélvica, sendo referência na área e atuando com uma equipe multiprofissional, proporcionando ao paciente um tratamento personalizado e abrangente, possibilitando uma recuperação mais rápida e melhora na qualidade de vida.